Trauma Toracico
TRAUMA TORÁCICO
O trauma é a terceira causa de morte
O trauma torácico é responsável direto pela morte de 1/3 dos pacientes que sofreram algum tipo de trauma
20 – 25% das mortes por trauma no ano nos EUA 16.000 mortes ano
Evolução rápida para morte
Interrupção rápida resulta em diminuição acentuada da mortalidade
Apenas 15% - 20% de todas as lesões de tórax requerem cirurgia para tratamento definitivo, restante são tratadas apenas com intervenções simples ex: dreno de tórax.
ANATOMIA
Costelas 12 pares
10 pares fixam-se no externo e na coluna
2 pares (costelas flutuantes) fixam-se apenas na coluna
Pulmões
Mediastino
Traqueia e esôfago
Bronquíolos principais
Coração e grandes vasos
Mecanismo do trauma
Penetração (aberto)
Compressão (Fechado)
Explosão (Indireto)
Trauma torácico
Pneumotórax: ar no espaço pleural
Classificação:
Lesões letais tratadas no atendimento primário:
Pneumotorax hipertensivo: entrada continua sem escape no espaço pleural (mais grave) á alteração hemodinâmica, organismo tenta dispensar o co2 acumulado fazer hiper ventilação
Pneumotorax aberto ou ferimento torácico aspirativo: entrada do ar com esforço ventilatório (ar entra e pulmão colaba)
Lesão diagnosticada no exame secundário:
Pneumotórax simples: causado pela presença de ar no espaço pleural, ex: passagem de cateter não á alteração hemodinâmica.
EXAME FÍSICO
O exame físico do tórax exige uma atenção minuciosa da parede torácica, pescoço e abdome superior.
Inspeção: ferimentos, afundamentos, abaulamentos, empalamentos, alterações na ventilação, distensão das veias do pescoço, desvio de traqueia.
Palpação: clavícula e arcos costais para verificar presença de crepitações ósseas, dores localizadas e enfisema subcutâneo (acumulo de ar no subcutâneo dando a sensação de crepitação quando palpado).
Percussão: investigar hemotórax (macicez),(derrame sanguíneo no interior do tórax), pneumotórax (hipertinpanismo) (acumulo de gazes na cavidade pleural, comprimindo o pulmão e causando dispneia).
Ausculta:
Pulmonar: a ausência de mv (murmúrios vesiculares) incide na presença de lesão intratorácica que requer tratamento imediato.
Cardíaca: bulhas hipofonéticas ou abafadas que prenunciam a formação de um tamponamento cardíaco.
Trauma torácico
Pneumotórax simples: etiologia
Lesão pulmonar ou brônquica
Achados na avaliação
Dor torácica pleurítica, sinais e sintomas variados de disfunção respiratória, murmúrios vesiculares diminuídos no lado afetado, timpanismo a percussão.
Tratamento:
Oxigenioterapia, preparar para drenar caso acha desconpensação ou sinais de evolução do quadro para pneumotórax hipertensivo,(acumulo de gazes na cavidade pleural, comprimindo o pulmão e causando dispneia) dispneia.
Pneumotorax hipertensivo:
Etiologia:
Fratura de arcos costais
Ferida penetrante
Passagem de cateter central
Lesões torácicas onde o paciente encontra-se
Sob ventilação com pressão positiva (o ar entra, inspira)
Pneumotorax hipertensivo
Fisiopatologia
Trauma de tórax entrada de ar
Desvio de estruturas mediastinicas para o lado contrario da lesão
Comprometimento do retorno venoso comprometimento das trocas gasosas
Hipoxia e franca insuficiência respiratória
Pneumotórax hipertensivo: tratamento imediato
Oxigenioterapia
Descompressão torácica (procedimento médico)
Insere-se uma agulha calibrosa no 2 espaço intercostal na linha hemiclavicular do lado afetado- 0uve-se a saída do ar
Analgesia
Transporte rápido se pré-hospitalar
pneumotorax hipertensivo
Pneumotórax aberto
Um defeito na parede do tórax produz uma comunicação entre o ar ambiente e o espaço pleural
Quando o paciente tenta inspirar o ar atravessa a ferida e entra no espaço pleural, alguns pacientes não conseguem expelir o ar inspirado, piorando o quadro.
A pressão no espaço pleural leva o colabamento do pulmão no lado atingido.
Etiologia:
FAF, ferimento de arma de fogo, FAB, ferimento de arma branca, empalamentos e ocasionalmente, trauma contuso.
Pneumotórax aberto:
Achados na avaliação:
Sinais de insuficiência respiratória evidente
Ansiedade
Taquipneia
Pulso radial fino e rápido
Na avaliação do ferimento do tórax, evidenciamos ruídos audivíes de aspiração durante a inspiração com borbulhamento durante a expiração.
Pneumotórax aberto:
Tratamento: fechamento do orifício do tórax, curativo de três pontos
Fornecimento de oxigênio suplementar
Caso não haja melhora do quadro, IOT (intubação oro traqueal) com ventilação com pressão positiva.
Intra-hospitalar: suporte ventilatório, analgesia, dreno de tórax, tratamento cirúrgico.
Hemotórax:
É a presença de sangue no espaço pleural, podendo acomodar 2.500 a 3.000 ml de sangue.
Etiologia (causas)
São as mesmas que causam os vários tipos de pneumotórax. O sangramento pode ter origem na parede da musculatura torácica, nos vasos intercostais, no parênquima pulmonar, nos vasos pulmonares ou nos grandes vasos do tórax.
Hemotorax tratamento:
Oxigenioterapia
Suporte ventilatorio
Identificar as causas e tratar rapidamente (som maçico) sangue aprisionado coagulado
Reposição volêmica
Estabilização hemodinamica (volume e as vezes drogas)
Instra-hospitalar:
Suporte ventilatorio, manutenção hemodinâmica (droga vaso ativa), analgesia (fora ou dentro do hospital), drenagem de tórax, intervenção cirúrgica.
(mascara, cânula de entubação)
CONTUSÃO CARDÍACA
Causada mais frequentemente por aplicação de força na região anterior do tórax (desaceleração – acidente automobilístico com impacto frontal)
em uma colisão a pessoa bate o peito contra o volante
tipos:
contusão miocardica: ESV (estra sístole ventricular), TV (taquicardia ventricular), FV (fibrilação ventricular), BRD (broqueio de ramo direito), baixo debito cardicaco, choque que não melhora com administração de líquidos podendo levar a uma piora do quadro.
Choque; é a perfusão e oxigenação inadequada dos órgãos e tecidos.
Ruptura valvular: (uma movimentação na válvula) sintomas de insuficiência cardíaca congestiva, sopro cardíaco e graus variados de choque (tanto direita ou esquerda)
Ruptura cardíaca contusa: evento raro 1% - a maioria morre no local por exanguinação (estravasa muito sangue), ou tamponamento cardíaco fatal (quando o volume de sague vai para o espaço mediastino).
Achados na avaliação:
Mecanismo de trauma sugestivo de contusão cardíaca
Dor torácica
Arritimia cardíaca
Crepitações ou contusões sobre o esterno e costelas com instabilidade esternal
Sopro
Sinais de ICC aguda como: hipotensão, turgencia de jugular (jugular saltada) e estertores (sons que lembram borbulhos chocalhos ou crepitação no pulmão)
Alguns pacientes apresentam elevação do segmento ST
SEGMENTO S-T |
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Contusão cardíaca tratamento
Oxigenioterapia
Acesso venoso e reposição volêmica criteriosa
Monitorização cardíaca
Analgesia
Tratar arritmias de acordo com o suporte avaçado de vida
Medidas de suporte ventilatorio devem ser implantadas se indicadas
Transporte rápido se pré- hospitalar
Intra – hospitalar:
Acréscimo de suporte ventilatório, abordagem cirúrgica.